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Estudo inédito revela quanto custa viver com dignidade em áreas do semiárido nordestino

Remuneração vai até R$4.996,00 

  • Documento é lançado no Dia Mundial de Combate à Desertificação e à Seca para destacar a urgência da promoção de cadeias produtivas para geração de renda digna com conservação ambiental e combate às mudanças climáticas na Caatinga Levantamento foi realizado pelo Anker Research Institute, em parceria com o Centro Brasileiro de Análise e Planejamento, a pedido da Fundação IDH, que conduz um programa de desenvolvimento sustentável nas regiões estudadas
  • Valores de renda e salário dignos em 10 macrorregiões de 3 estados brasileiros do semiárido nordestino variam nos diferentes territórios de R$1.986,00 a R$4.996,00.

Estudo inédito realizado pelo Anker Research Institute em parceria com Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (CEBRAP), em parceria a Fundação IDH e a Fundação Laudes, mapeou os rendimentos necessários para garantir o bem-estar de trabalhadores rurais dos principais territórios do semiárido nordestino – nos estados da Paraíba, de Pernambuco e do Rio Grande do Norte. Segundo o documento, a elevação dos rendimentos e da qualidade de vida da população rural pode gerar impactos ambientais, econômicos e sociais positivos, principal foco de atuação da Fundação IDH na região, através do programa Raízes da Caatinga.

Estudo renda digna e salário digno – Paraíba

Estudo renda digna e salário digno – Pernambuco

Estudo renda digna e salário digno – Rio Grande do Norte

Os autores da pesquisa combinam diversos dados oficiais para o cálculo detalhado dos valores necessários para custear alimentação saudável, educação, moradia, saúde e lazer, adicionado 5% de provisões para emergências e imprevistos, como o impacto diferenciado de eventos climáticos, especialmente as secas que atingem a região semi árida da Caatinga. Considerando as diferenças territoriais e custos de vida desiguais, os três estados mapeados foram divididos em 10 macrorregiões de salário digno e renda digna, sendo 3 na Paraíba, 4 no Rio Grande do Norte e 3 em Pernambuco.

A pesquisa estipula os rendimentos dignos para uma moradia com quatro pessoas, sendo dois adultos e dois dependentes de até 18 anos, levando em conta as diferenças de custos que recaem para produtores de pequenas propriedades rurais e para empregados em atividades no setor agrícola.

O estudo diferencia renda de salário digno:

Renda digna: os valores obtidos por produtores da agricultura familiar

Salário digno: rendimentos obtidos mensalmente por trabalhadores empregados em estabelecimentos de atividades agrícolas

Veja os rendimentos definidos para as diferentes macrorregiões dos três estados do semiárido do Nordeste.

Fonte: Anker Research Institute / CEBRAP

PBPB01 Mata ParaibanaPB02 Agreste ParaibanoBorboremaSertão ParaibanoPB03 Capital(João Pessoa) eRegião metropolitana
Renda dignaR$ 2.807R$ 3.005R$ 3.947
Salário dignoR$ 1.968R$ 2.109R$ 2.624
RNRN01Agreste PotiguarLeste PotiguarRN02Central PotiguarOeste PotiguarRN03Região metropolitanaRN04Capital (Natal)
Renda dignaR$ 3.530R$ 3.876R$ 4.179R$ 4.996
Salário dignoR$ 2.556R$ 2.813R$ 2.706R$ 3.357
PEPE01Agreste PernambucanoMata PernambucanaSertão PernambucanoPE02São Francisco PernambucanoPE03Capital (Recife) e Regiãometropolitana
Renda dignaR$ 3.524R$ 3.762R$ 4.400
Salário dignoR$ 2.503R$ 2.673R$ 2.977

Segundo o Anker Research Institute, foram estimados valores para famílias acima da linha da pobreza. No Brasil,  a linha de pobreza se refere a famílias que recebem menos de R$872,00 a cada 30 dias, remuneração registrada em territórios mapeados no estudo e que evidencia o quanto as famílias que vivem da agricultura no semiárido brasileiro estão aquém do necessário para uma vida sem privações.  

Ameaça de desertificação

O estudo está sendo lançado no Dia Mundial de Combate à Desertificação para chamar atenção para um dos biomas mais ameaçados do território brasileiro quando se fala em mudanças climáticas que afetam diretamente o rendimento de quem trabalha no campo. Cerca de 13% do território do semiárido do Nordeste sofre processos de desertificação, de acordo com o último relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC). A Fundação IDH destaca como o processo de degradação do bioma  pode ter impactos diretos e irreversíveis para a atividade agrícola e a vida dos agricultores e trabalhadores rurais da região e de suas famílias.

“Neste dia mundial de combate à desertificação, um alerta se soma à pauta climática: sem cadeias produtivas estruturadas e resilientes , não há renda digna no campo. A degradação do bioma  é uma ameaça para as famílias que vivem da agricultura, reduzindo as oportunidades de sustento. Além disso, a renda de quem trabalha no  campo, quando insuficiente para uma vida sem privações, impossibilita a estruturação e manutenção de cadeias produtivas com práticas regenerativas”, diz  Grazielle Cardoso, , gerente do Programa Raízes da Caatinga, da Fundação IDH

IDH lidera programa para desenvolvimento territorial sustentável na região

Os territórios analisados no estudo estão no centro do programa Raízes da Caatinga, iniciativa da Fundação IDH em parceria com a Fundação Laudes que reúne pessoas dos setores público, privado e da sociedade civil, e está estruturado em compromissos para promover o desenvolvimento de cadeias produtivas aliado a restauração e conservação do bioma e a inclusão social dos agricultores familiares. O objetivo é permitir que todos os envolvidos possam estabelecer acordos e agendas prioritárias para o desenvolvimento territorial sustentável em torno de uma estratégia focada em três eixos: Produzir, Proteger e Incluir (PPI). 

A IDH tem o papel de articulação de diferentes atores para transformar os territórios por meio de estratégias   que apoiem a produção alimentar sustentável de longo prazo. Os programas desenvolvidos estão ancorados em estudos conduzidos em parceria e com foco na realidade local. A divulgação desse estudo é muito mais do que uma questão meramente econômica. É tornar digno esses rendimentos e apoiar o grande potencial de transformar todo o ambiente com justiça social, desenvolvimento econômico e proteção ambiental”, diz a diretora executiva da Fundação IDH no Brasil, Manuela Santos. 

Texto em colaboração Ceci Annet – Oficina de Impacto

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Desenvolvimento da agricultura familiar na região de Balsas-MA

O projeto tem como objetivo melhorar a produção de culturas da agricultura familiar nas comunidades que fazem parte do Pacto PCI na região de Balsas, no sul do Maranhão, promovendo a diversificação de culturas por meio da transferência de conhecimento.

Transformando pequenos agricultores em empreendedores rurais

O projeto tem como objetivo implementar um modelo de assistência técnica e assessoria para melhorar a produtividade e a qualidade dos produtos oferecidos pela agricultura familiar, proporcionando-lhes acesso ao mercado e fortalecendo as cadeias alimentares tradicionais locais como forma de evitar a conversão de suas terras e vegetação nativa em monocultura.

Pacto Sertão do Apodi

O Pacto Sertão do Apodi foi formalizado em dezembro de 2023 com a assinatura representantes dos setores público, privado e sociedade civil. O pacto visa promover o desenvolvimento econômico sustentável na região do Sertão do Apodi, no Rio Grande do Norte.

Pacto Cariri Sustentável

O Pacto Cariri Sustentável foi formalizado em dezembro de 2023, com a participação de representantes dos setores público, privado e sociedade civil. O pacto visa promover o desenvolvimento econômico sustentável na região região do Cariri, no estado da Paraíba.

Pacto Pajeú Sustentável

O Pacto Pajeú Sustentável foi formalizado em dezembro de 2023, com a participação de representantes dos setores público, privado e sociedade civil. O pacto visa promover o desenvolvimento econômico sustentável na região do Sertão do Pajeú, em Pernambuco.

Pacto PCI da Região de Balsas

O Pacto PCI da Região de Balsas foi formalizado em novembro de 2020, inclui 12 municípios e possui, atualmente, 39 signatários representantes dos setores público e privado, além de organizações da sociedade civil.

Pacto PCI de Barra do Garças

O Pacto PCI de Barra do Garças foi formalizado em junho de 2019 e possui, atualmente, 43 signatários. Em dezembro de 2019 foi constituído como Programa Municipal.

Pacto PCI de Sorriso

O Pacto PCI de Sorriso foi formalizado em abril de 2019 e possui, atualmente, 18 signatários dos setores público, privado e sociedade civil. Através do Pacto, em 2021 foi criado o Programa de Microcrédito Rural Familiar – Fundo de Aval – que destina recursos para agricultores familiares

Pacto PCI Vale do Juruena

O Pacto PCI do Vale do Juruena foi formalizado em maio de 2018 e possui, atualmente, 22 signatários representantes de produtores rurais, empresas, governos municipais e organizações da sociedade civil. O Pacto é um compromisso territorial envolvendo os municípios de Cortiguaçu e Juruena. O município de Juína, na mesma região, deve ser incluído da iniciativa em 2024

CAP Pajeú

Em maio de 2024, a IDH e parceiros locais instalaram o Centro de Atendimento ao Produtor (CAP), cuja missão é facilitar a vida de quem trabalha no campo. Localizado no município de Afogados da Ingazeira-PE, o escritório oferece, em um único lugar e de forma gratuita, orientações sobre regularização ambiental, fundiária, oportunidades de desenvolvimento e acesso a crédito.

Endereço: Rua Senador Paulo Guerra, 170, Centro – Afogados da Ingazeira-Pernambuco.
Atendimento: das 8h às 12h.

CAP Cariri

Em maio de 2024, a IDH e parceiros locais instalaram o Centro de Atendimento ao Produtor (CAP), cuja missão é facilitar a vida de quem trabalha no campo. Localizado no município de Monteiro-PB, o escritório oferece, em um único lugar e de forma gratuita, orientações sobre regularização ambiental, fundiária, oportunidades de desenvolvimento e acesso a crédito.

Endereço: Travessa Querubina Teixeira de Oliveira, n°55, Térreo, Centro – sede do
Sindicato dos trabalhadores na agricultura familiar – Monteiro-Paraíba.
Atendimento: 8h às 13h

CAP Apodi

Em maio de 2024, a IDH e parceiros locais instalaram o Centro de Atendimento ao Produtor (CAP), cuja missão é facilitar a vida de quem trabalha no campo. Localizado no município de Apodi-RN, o escritório oferece, em um único lugar e de forma gratuita, orientações sobre regularização ambiental, fundiária, oportunidades de desenvolvimento e acesso a crédito.

Endereço: Rua Nonato Mota, nº 106 – Apodi-Rio Grande do Norte.
Atendimento: 8h às 12h

CAP Região de Balsas

Em maio de 2023, a IDH e parceiros locais instalaram o Centro de Atendimento ao Produtor (CAP), cuja missão é facilitar a vida de quem trabalha no campo. Localizado no município de Balsas-MA, o escritório oferece, em um único lugar e de forma gratuita, orientações sobre regularização ambiental, fundiária, oportunidades de desenvolvimento e acesso a crédito.

Endereço: Avenida Governador Luiz Rocha, s/nº Escritório da Agerp – Balsas-Maranhão.
Atendimento: 7h às 13h

CAP Barra do Garças

Em outubro de 2021, a IDH e parceiros locais instalaram o Centro de Atendimento ao Produtor (CAP), cuja missão é facilitar a vida de quem trabalha no campo. Localizado no município de Barra do garças-MT, o escritório oferece, em um único lugar e de forma gratuita, orientações sobre regularização ambiental, fundiária, oportunidades de desenvolvimento e acesso a crédito.

Endereço: Tv. Voluntários da Pátria, nº 2-144, Centro – Sec. de Desenvolvimento Rural.
Atendimento: 8h às 12h

CAP Sorriso

Em outubro de 2021, a IDH e parceiros locais instalaram o Centro de Atendimento ao Produtor (CAP), cuja missão é facilitar a vida de quem trabalha no campo. Localizado no município de Sorriso-MT, o escritório oferece, em um único lugar e de forma gratuita, orientações sobre regularização ambiental, fundiária, oportunidades de desenvolvimento e acesso a crédito.

Endereço: Rua Cândido Rondon, 2311, Bela Vista – SEMASA – Sorriso-Mato Grosso.
Atendimento: 7h às 13h

CAP Cotriguaçu

Em outubro de 2021, a IDH e parceiros locais instalaram o Centro de Atendimento ao Produtor (CAP), cuja missão é facilitar a vida de quem trabalha no campo. Localizado no município de Cotriguaçu-MT, o escritório oferece, em um único lugar e de forma gratuita, orientações sobre regularização ambiental, fundiária, oportunidades de desenvolvimento e acesso a crédito.

Endereço: Av. Henrique Xavier Rodovalho, Centro – Anexo a EMPAER – Cotriguaçu-Mato Grosso.
Atendimento: 7h30 às 13h

Cultivando Vida Sustentável

O programa Cultivando Vida Sustentável é cofinanciado e implementado em parceria com o CAT – Clube Amigos da Terra de Sorriso – desde 2019, no município de Sorriso, Mato Grosso. As atividades visam fortalecer a produção de soja certificada, a restauração de áreas de floresta e o desenvolvimento da agricultura familiar

Programa Nosso Leite

O Programa teve início em 2021 e é desenvolvido pelo SEBRAE-MT contando com cofinanciamento e a parceria do laticínio Casterleite e do Sicredi na região do Vale do Juruena, Amazônia mato-grossense. O objetivo é promover a melhoria da pecuária leiteira.

Raízes da Caatinga

O Programa Raízes da Caatinga foi criado em 2021 pela IDH em parceria com a Fundação Laudes. É uma iniciativa que reúne entidades e pessoas dos setores público, privado e da sociedade civil, estruturada em compromissos territoriais para promover o desenvolvimento sustentável, a restauração e conservação do bioma. O Programa está presente no Sertão do Pajeú, em Pernambuco, no Sertão do Cariri, na Paraíba, e no Sertão do Apodi, no Rio Grande do Norte.

 

CAP Juruena

Em outubro de 2021, a IDH e parceiros locais instalaram o Centro de Atendimento ao Produtor (CAP), cuja missão é facilitar a vida de quem trabalha no campo. Localizado no município de Juruena-MT, o escritório oferece, em um único lugar e de forma gratuita, orientações sobre regularização ambiental, fundiária, oportunidades de desenvolvimento e acesso a crédito.

Endereço: Av. 04 de julho, Vila Nova – Anexo à Sec. De Agricultura – Juruena-Mato Grosso.
Atendimento: 7h às 11h e das 13h às 17h

Produção Sustentável de Bezerros

O Programa teve início em 2019 e tem como visão mudar a dinâmica de produção e comercialização da cadeia pecuária, melhorando os resultados do segmento de cria nos aspectos econômicos, ambientais e sociais. Está presente no Mato Grosso e no Pará, contando com parceiros estratégicos, como Carrefour, Mars, Marfrig, Faepa  e Acrimat.

Em Mato Grosso, os parceiros implementadores são a Natcap e o Instituto BioSistêmico (IBS). No Pará, contamos com a Natcap e o Senar.